Virgínia Maria Bernardino
Virgínia Maria Bernardino
Aya Ono
Aya Ono
Débora Eulália Nénhprág Atanasio da Silva
Débora Eulália Nénhprág Atanasio da Silva
Elis Blumer
Elis Blumer
Marilia Carolina Ferreira Bittencourt
Marilia Carolina Ferreira Bittencourt
Flavia Cabral
Flavia Cabral
Luana Gomes Maciel Oliveira
Luana Gomes Maciel Oliveira
Aparecida de Fátima Bento
Aparecida de Fátima Bento
Cleuza Souza Assis Oliveira
Cleuza Souza Assis Oliveira
Luciane Ventura Salviano Dia
Luciane Ventura Salviano Dia
Ana Carolina di Giorgi
Ana Carolina di Giorgi
Aline Dias Kawabata
Aline Dias Kawabata
Carolina de Souza Matos
Carolina de Souza Matos
Beatriz Daou Verenhitach
Beatriz Daou Verenhitach
Rebeca Gombi
Rebeca Gombi
Márcia Mateus Martins
Márcia Mateus Martins
Mariana Abisaab Tavares de Lima Lobo e Miguel Lobo
Mariana Abisaab Tavares de Lima Lobo e Miguel Lobo
Juliana Pusch
Juliana Pusch
Hylea Maria Ferreira Schell
Hylea Maria Ferreira Schell
Aline Pedrosa Fioravante e Helena Fioravante do Nascimento
Aline Pedrosa Fioravante e Helena Fioravante do Nascimento
Cecília Caldani Tasqueti
Cecília Caldani Tasqueti
Dida Bel Botelho
Dida Bel Botelho
Alice Caldani Tasqueti
Alice Caldani Tasqueti
Helena Shayoko Iobe
Helena Shayoko Iobe
Indianara Ferreira - parceira
Indianara Ferreira - parceira
Jihanna Rosa - parceira
Jihanna Rosa - parceira
Carolina de Souza Matos
A Carol é uma força gentil da natureza. Autêntica e intensa, a pedagoga é mãe de 3 crianças e tem sido uma das responsáveis pela cultura da infância em Londrina. Sua trajetória é marcada pela defesa dos direitos da criança, de crescer com afeto, cuidado e arte. Coordenou o Grupo de Apoio à Amamentação de Londrina, como forma de promover saúde integral para mães e filhos. Foi uma das criadoras do primeiro quintal de brincar de Londrina. Trabalhou como arte educadora para bebês e, atualmente, segue como professora da rede pública municipal de ensino. Está em todos os circuitos que promovem a mudança na qualidade da educação infantil, com mente e coração voltados aos adultos do futuro. Tem como marca pessoal expressar com verdade seus sentimentos, seja o sorriso, seja o choro, seja pela escritas profundas, seja pelo amor à vida. Aliás, seus sentimentos não arrefeceram mesmo diante do luto recente pela perda precoce do seu grande amor. A partilha de seu processo de luto nos lembra de aproveitarmos os nossos amores e de celebrarmos a nossa própria humanidade.

Débora Eulália Nénhprág Atanasio da Silva
A Débora é mulher kaingang do território Apucaraninha, é mãe, cineasta, e estudante. Atualmente cursa fisioterapia na UEL. É uma jovem sonhadora que foi mãe solo aos 17 anos e, mesmo com os obstáculos,, decidiu trilhar caminhos para fora da aldeia. Começar a falar de Débora pela sua origem étnica tem um objetivo: ela carrega sua ancestralidade na língua materna, nas suas relações, no seu sobrenome, em como se apresenta e pelo seu trabalho cultural. Como cineasta, ela compartilha o jeito de viver de seus parentes, sua visão de mundo, a forma como as mulheres conduzem as gestações e outras particularidades que são desconhecidas por quem está tão próximo dos territórios, mas tão distante de sua cultura. Ela é alguém que escuta e compartilha, dona de fala calma, objetiva e honesta, sem entrelinhas. Ela ensina que a origem importa para que seja possível conhecer a si mesmo e ser dono da própria história.

Marilia Carolina Ferreira Bittencourt
A Marilia é uma mulher que cuida de outras mulheres. Mãe de 3 filhos, usou suas experiências de nascimento para mudar o cenário de nascimento de Londrina. Foi a primeira doula da cidade e, há 13 anos, trabalha para ampliar o acesso das mulheres e bebês ao nascimento adequado. Como ativista, foi membro do Conselho da Mulher e liderou a aprovação da lei municipal que garante o acesso da doula em maternidades de Londrina.  Nerd de riso aberto, voltou a estudar durante um episódio conturbado da vida. Manteve-se atuante, estudante, profissional e mãe, sem desistir. Ao final, agradeceu a si mesma por ter persistido. Hoje, ela é enfermeira obstetra e chefe do setor na maternidade da Santa Casa de Cambé, onde promove o parto respeitoso e o aleitamento materno para mulheres atendidas pelo SUS. Quantas vezes nos lembramos de agradecer à mulher forte que somos?
Cleuza Souza Assis Oliveira
Quem encontra a Cleuza nem imagina o que ela é capaz de fazer. A Cleuza é mãe, universitária e diretora da Associação Cultural e  Esportiva Thalita Cumi (ACETHAC), que oferta aulas de ginástica rítmica, taekwondo, balé e inglês para crianças e adolescentes de várias escolas municipais em Londrina. Com seu trabalho diário e incessante, batendo de porta em porta se for preciso, a Cleuza já atendeu mais de 200 crianças e, hoje, dirige uma das equipes federadas de alto-rendimento do Paraná. Para conseguir cuidar da Associação, ela se dedica exclusivamente à Acethac, que se mantém pelo apoio de parceiros e mensalidades das famílias que podem contribuir. A vontade de mudar a vida de crianças por meio do esporte é um motor e não existe obstáculo capaz de frear essa mulher.

Luciane Ventura Salviano Dias
“Eu preciso provar o dobro de vezes o meu valor.” A Luciane tem a enfermagem e a luta no sangue - ou melhor, na pele. Filha de enfermeira, seguiu o mesmo caminho de sua mãe e concluiu a faculdade muito jovem. O primeiro trabalho, contudo, não veio tão rápido. Após diversas negativas, fez um teste e reenviou seu currículo para o mesmo lugar com uma foto trocada: no lugar da sua, a imagem de uma jovem loira. Foi imediatamente chamada para a entrevista e recusou a oferta. Ali escancarou o racismo, até então velado, que tirava dela o trabalho na sua área, em função da sua cor de pele. Ao longo de sua já consolidada carreira, Luciane precisou lidar com muitas injúrias e preconceitos da mesma natureza. Escolheu superar cada episódio com excelência no seu fazer. Atualmente, Luciane é enfermeira chefe da área de controle de infecção hospitalar da Unimed, a primeira mulher negra nessa posição. Mãe de duas crianças, deseja que chegue o tempo em que o valor de cada um não dependa da sua raça e que sua história ajude a dar visibilidade para a igualdade que deveria existir entre todos.

Luana Gomes Maciel Oliveira
“Se tem lutas e pautas da favela e em defesa de minorias por justiça social, acesso a direitos fundamentais e dignidade das pessoas: estarei lá!” À frente do Conexões Londrina, Lua, como é conhecida, faz a ponte entre doações e quem precisa. Mãe, gestora de pessoas e de projetos, empreendedora social, voluntária, apoiadora, diversos são os títulos que comunicam apenas em parte quem ela é. Lua é carioca, mas está radicada em Londrina há mais de 20 anos. Ela é aquela mulher que ensina que favela é lugar de gente potente, que resiste às dificuldades da vida e faz profundas mudanças no mundo. É, também, aquela vizinha pronta para o café. “Sou uma mulher persistente, afetiva, com um olhar coletivista e muita garra. Entender meu humor é para poucos; compreender meu amor pela vida e pelas pessoas é para todos.” Ela aciona sua rede para fazer o que é necessário no momento em que é preciso, porque, como diz, “quem precisa tem urgência”. Ela ajuda mulheres que estão vulneráveis a recuperarem a dignidade, por meio de ações que elevem sua autoestima. Lua conecta histórias e pessoas, mesmo quando quem precisa de sustentação é ela. A Lua, por fim, nos convida a agir ao invés de esperar que alguém resolva.
Beatriz Daou Verenhitach
“Beatriz, 44 anos, mãe da Ana e da Sarah”. Foi assim, objetiva, que ela começou a se descrever. Ela é, em verdade, Pragmatismo e Sensibilidade. Para amantes de livros, esse trocadilho traduz totalmente a mulher a quem chamo carinhosamente de Bia. “Médica, professora universitária, pesquisadora na área de desenvolvimento de tecnologias aplicadas à atenção básica à saúde”, Bia é mastologista e se dedica a ações de prevenção ao câncer de mama da mulher em Londrina. De aulas a atendimentos na rede pública e privada, atende cada mulher de forma integral, preocupada em entender seu contexto de vida, suas dores físicas e emocionais. Ela não mede esforços para que a cura não resolva apenas a doença, mas para que a mulher possa viver em um estado de saúde e bem-estar. E, não bastasse sua vocação para o cuidado, é uma mulher plural - fotógrafa, leitora, entusiasta do cinema, das artes visuais e da boa música - e, por que não dizer, mágica?

Aya Ono
A Sra. Aya Ono nasceu no Japão e mora em Londrina desde 1940. É mãe, avó e bisavó, além de pioneira de nossa cidade. Tem sua história intimamente ligada com o nascimento da Londrina tal qual a conhecemos. Assim como muitos imigrantes japoneses, chegou ainda pequena com os pais, que vieram em busca de um sonho, mas que encontraram uma realidade muito mais dura. Aprendeu a ler e escrever na língua materna com sua mãe, e o pouco que aprendeu do portugês formal também foi graças aos ensinamentos dela, que havia sido professora na terra natal. Aqui, Dona Iaiá fincou raízes e criou a sua família, a partir do que produziam na chácara. Foi feirante por mais de 50 anos. Como cada mulher é um universo inteiro, a Sra. Aya nunca se definiu por um papel, seja o de dona de casa, feirante, mãe ou imigrante. Foi aos 77 anos que mostrou que os sonhos e as colheitas não se guiam pela idade, mas pelas ações. Assim, tornou-se atriz e atuou no filme Gaijin - Ama-me como Sou, filme brasileiro sobre a imigração japonesa, filmado em Londrina e aclamado em todo o mundo. Pelo seu papel, foi vencedora do prêmio Kikito de melhor atriz coadjuvante, o maior troféu do cinema nacional, prestigiado mundialmente. E vale lembrar: cantou por décadas no concurso de canto da ACEL, pelo qual soma mais de 70 troféus. Quantas histórias incríveis a Sra. Aya ainda tem para nos contar?

Rebeca Gombi
Rebeca, ou Beca, é pedagoga e tem rodinha nos pés para realizar tudo que se propõe. É brincante, mãe, cantora, atriz e potência. Tem como marca a defesa do direito ao brincar. Atenta e sensível, como ex-professora de educação infantil, ela notou o quanto as crianças estavam adoecendo com o isolamento prolongado da pandemia, sem escolas ou espaços de convivência infantil por um tempo tão longo. Assim, em sua casa ressurgiu o espaço sagrado do quintal brincante, para que os pequenos tivessem onde viver a infância como lhes é de direito. Ali, resgatou a cultura do brincar assumindo essa causa como uma bandeira. 

Flavia Cabral
A Flavia, também conhecida como Professora Flavia Cabral, é uma sobrevivente e uma mulher que realiza. Ela é professora, empreendedora, venceu o câncer e é vereadora em Londrina. Formou milhares de alunos em escolas e cursinhos e tem a trajetória marcada pela defesa da educação. Ela representa que lugar de mulher é em todo lugar, principalmente nos espaços públicos de poder. Em Londrina, é uma das maiores apoiadoras das causas que envolvem mulheres, mães e crianças. Atualmente, a Professora Flavia é a primeira vereadora mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, um marco que merece destaque, já que é na CCJ que tramitam todas as grandes propostas de lei na cidade.

Hylea Maria Ferreira Schell

“Somos muitas e precisamos uma das outras.” Mulher, mãe, advogada, influenciadora, ativista. A Hylea é cercada de nomes que a acompanham em sua jornada. A partir da maternidade, ela passou a usar as redes sociais para uma forma positiva de influência - a de ajudar as mães a se unirem em suas dores e alegrias, a de mostrar que é possível cuidar dos filhos sem agressões, e fazer isso tudo lembrando que ali existe uma mulher que também precisa de cuidados. A partir desse ponto, também passou a desenvolver ações concretas pela saúde mental das mães. Sua forma de viver a maternidade tem sido um grande abraço a milhares de mulheres londrinenses.


Márcia Mateus Martins
Márcia é produtora rural e é proprietária, junto com seu esposo, do Rancho Seleção, localizado na Warta, em Londrina. O Rancho é familiar e possui um laticínio onde é produzido um dos melhores queijos maturados do mundo! A Márcia conhece e domina todas as etapas do processo - da alimentação dos animais até a fabricação do queijo premiado, que fica maturando por 36 meses antes de chegar às nossas mesas. Destemida, foi dela a ideia de inscrevê-lo em um concurso mundial, que até então era dominado por franceses e mineiros. Criativa, inovou nos processos de produção do queijo, buscando consultoria em universidades, mas também seguindo seu feeling e criando novos produtos a partir de adversidades. É uma mulher inspiradora que transformou a forma de gerir e tocar uma empresa tipicamente masculina e hoje lidera uma equipe diversificada, com outras mulheres em diferentes postos.





Mariana Abisaab Tavares de Lima Lobo e Miguel Lobo
“Prazer em estar em meio a tanta mulher potente!” A Mariana é mãe do Miguel, turismóloga e advogada e dedica seu conhecimento e trabalho ao voluntariado. É voluntária da Associação Marmita do Bem, que converte doações em cerca de 300 refeições entregues todo sábado em comunidades vulneráveis em Londrina. A Mari trabalha com responsabilidade social na empresa Conasa Infraestrutura, onde desenvolve projetos de impacto para diversas comunidades. Junto com a Hylea, a Beatriz e Melina, criou o “Mães e Pais pela Educação”, movimento local pela reabertura das escolas no segundo ano da pandemia. Ao mesmo tempo em que se dedica ao outro, tem um lema importante: “minha saúde é inegociável”. Por ele, a Mari ensina o valor do cuidado consigo mesma, pois até mesmo para fazer o bem é preciso estar bem. 




Juliana Pusch
A Juliana é artista plástica e professora de artes. Fundou um dos primeiros clubes de artes em Londrina, onde crianças e mulheres podem vivenciar sua criatividade em meio a uma galeria de arte e natureza. A Ju é uma empreendedora na área criativa, com intervenções em murais em diversos pontos da cidade, além de criar encontros nos quais mulheres podem se reunir, fazer networking e ter imersões artísticas com liberdade. Como muitas mulheres, ela empreende, cria e cuida dos filhos, sem deixar de lhes entregar a melhor assistência e cuidado possíveis. Sua jornada inspira porque manifesta que, em rede, mulheres podem até ir mais devagar, mas vão para mais longe, e que toda mulher merece ter autonomia sobre a própria vida. 





Alice Caldani Tasqueti
A Alice é uma garota solar de 9 anos. É uma super amiga, irmã parceirona do Miguel e da Cecília, e é apaixonada por todas as espécies de animais. É questionadora, observadora e perspicaz. Defende a igualdade entre meninos e meninas, adora escrever livros-diários, ama ler e ter aulas de matemática e programação. Seu lado criativo vem à tona quando desenha e ouve músicas. Fã de k-pop, já começou a aprender as primeiras palavras em coreano. Uma menina do movimento, pratica ginástica rítmica e adora se apresentar. A Lili é uma menina ativa, inteligente e muito fiel a quem ama. Os seus sonhos incluem se tornar veterinária e cantar. Será uma grande mulher, que, com sua ousadia, fará a diferença por onde andar.





Cecília Caldani Tasqueti
Ceci é uma garotinha de 7 anos que tem muitos sonhos na cabeça e os pés plantados no chão. É uma menina apaixonada por plantas, que cuida com capricho de seus jardins. A Cecília é uma empreendedora nata, que já escreveu e executou alguns negócios, como uma loja de desenhos e uma locadora de livros. Desde os dois anos, ela planeja ser uma chef confeiteira e, atualmente, quer aprender a dublar. É curiosa, criativa e inteligente, dona de uma personalidade colorida e divertida. Está sempre criando looks criativos e cheios de referências aos seus desenhos favoritos. Gosta de fazer bolos, decorar o quarto, montar mini mundinhos e filosofar sobre a origem do mundo. Será que o mundo está preparado para seus posicionamentos fortes e certeiros?



Aline Dias Kawabata
“Eu não tenho pressa. Eles estão bem aqui comigo, então só saem daqui para um lugar melhor”. Dizem que no coração de mãe sempre cabe mais um. Na verdade, é no coração da Aline que sempre cabe mais. A Aline é a fundadora do projeto Adorável Vira Lata, que abriga animais em situação de rua ou abandono. E não só: cuida e encaminha para adoção responsável. O projeto, que é totalmente independente, nasceu e permanece em sua casa, onde residem quase uma centena de animais, entre cães e gatos. Ela e o esposo recolhem e oferecem todos os cuidados necessários, com a ajuda de amigos voluntários, doadores e profissionais parceiros. Mensalmente, promove feiras de adoção e alguns animais têm a sorte de ganhar uma família definitiva. Em poucos dias, sua família aumentará com a chegada do Filipe, que nascerá filho de um coração que ama sem limites.




Virgínia Maria Bernardino
“Gosto mais de gente do que de sorvete”. Virgínia é palhaça, mãe, cantora e psicóloga judiciária. É uma das companhias mais atenciosas e alegres que alguém pode ter. Mas não pensem que só de riso vive essa mulher. Ela é a dona das perguntas que mexem, mas que trazem as respostas. Devota, é uma mulher de fé que acredita na generosidade e no poder do riso. Trabalha como psicóloga judiciária atendendo mulheres, crianças e idosos vítimas de violência. No país em que 1 a cada 3 mulheres é vítima de violência doméstica, a Vir auxilia na quebra desse ciclo. Ainda atua como facilitadora em círculos de construção de paz.  Seu trabalho pode não ser visível ao grande público, encerrado entre as paredes do fórum. Porém, é ele que contribui para uma sociedade que pode se curar da violência por meio de uma justiça que acolhe. Vir é mulher-semente de alegria e paz.




Aparecida de Fátima Bento
A Cida é mãe, trabalha como doméstica e cuidadora de crianças. Tia Cida, como gosta de ser chamada, é apaixonada por bebês, plantas e animais, e tem como principais características a resiliência, o afeto sem medida e o sorriso. A Cida é uma batalhadora, como são as mulheres deste Brasil. Criou sozinha o seu filho, hoje adulto, com quem mora. Em razão de dificuldades de aprendizagem, não conseguiu concluir o ensino básico. Ainda assim, sem apoio social algum, batalhou e ofereceu uma vida digna a si e ao filho. A Cida não se define pelos episódios de sua vida, como deixa claro no seu agir, vivendo o presente e olhando o futuro com otimismo. Mas sua história representa a das mais de 7 milhões de mães solo no Brasil, realidade que já é a maioria da forma como as mulheres vivenciam a vida adulta e a maternidade no país. 




Ana Carolina di Giorgi
“A maternidade me transformou de forma avassaladora e profunda”. Mãe da Elis e da Sara, a Carol é psicóloga com extenso trabalho na área social. Ela é uma das responsáveis por trazer para Londrina, em 2021, o movimento “Maio Furta-Cor” em defesa da saúde mental das mães. Tem o poder de agregar pessoas diferentes em torno de um bem comum. Assim, articulou pessoas para que o movimento se tornasse lei municipal, garantindo que a saúde mental das mães seja tema permanente na saúde pública londrinense. A Carol é uma mulher sensível e multitalentosa. É formada em teatro, no qual atuou por anos. Neste momento, auxilia crianças, adultos, casais e família em seus atendimentos, e tem nas artes sua forma de expressão e de elaborar o mundo.



Aline Pedrosa Fioravante e Helena Fioravante do Nascimento
Aline, psicóloga e bacharel em direito. Uma mulher com tantas áreas de atuação que fica impossível restringir. É mãe e tem sua vida conectada a projetos de pacificação e dignidade para infância e juventude. Trabalha como psicóloga judiciária em Londrina e atende nos processos em que há mulheres e crianças vítimas de violência. Há mais de uma década, a Aline é uma referência institucional na criação e execução de políticas internas na área da infância e da juventude. Está à frente de projetos importantíssimos para que crianças e adolescentes não sejam revitimizados durante os processos judiciais e para que tenham uma escuta acolhedora e adequada por técnicos, juízes, advogados e promotores. É, hoje, uma das pessoas mais importantes em relação à Justiça Restaurativa no país, que é uma forma de diálogo que devolve a autonomia, o protagonismo e a dignidade para quem está em conflito. Muito embora seu currículo reflita o quanto é guiada pela empatia, é a sua generosidade a qualidade pessoal que mais transborda.



Elis Blumer
“Sou uma mulher que ajuda outras mulheres”. A Elis é mãe da Isis, professora da rede municipal e psicopedagoga, especialista em TEA e AH/SD. É uma mulher que está sempre em movimento e, com frequência, servindo ao outro. Elis é colaboradora em diversas ações sociais pela cidade, com destaque para a causa autista e atividades que apoiam mães. Como professora, tem um compromisso real com o bem-estar dos seus alunos, tocando de forma permanente a vida de cada criança que passa pelos seus ensinamentos. Quando se convive com a Elis, temos certeza de que o mundo seria mais inclusivo se cada um pudesse se inspirar na sua energia para que a vida seja mais gentil com todos.




Dida Bel Botelho 
“Nua e crua / Neste pedaço de chão / Que é meu e não é.” Ancestralidade é um termo que está em bastante uso. Significa honrar aquelas que vieram antes de nós. Dida, antes de qualquer adjetivo, é mulher - uma mulher mineira radicada há mais de 40 anos no Paraná e, nos últimos anos, em Londrina. Ela é mãe e avó. É a minha mãe. Desde a juventude realiza trabalhos para auxiliar mulheres a reconhecerem seus direitos, seja como ativista na política, seja no dia a dia, em prosas com café, seja em grupos de apoio. Foi secretária até se aposentar. É aprendiz, poeta, boleira, artesã, pintora e costureira. É uma alma livre e uma mulher que transita entre o intelectual e o superficial com maestria. Gosta de gente, de planta, de bicho e é o maior apoio feminino por trás dessa exposição, que não existiria sem a existência dessa mulher. Mãe, muito obrigada pela vida e pelos seus ensinamentos. Te amo!




Helena Shayoko Iobe
A Helena é mãe, empresária, avó e atleta. Há mais de 20 anos está à frente, junto com o esposo, de um dos pontos mais tradicionais em Londrina - o Lanchebom. Helena foi uma das fundadoras da AMA-RP, uma das primeiras associações de apoio a autistas no Brasil, quando o desconhecimento sobre a condição dominava. Ela conduziu os cuidados e a formação dos 4 filhos e segue como apoio aos 4 netos. Ela pratica a se desafiar e nos inspira a cuidar da mente, da espiritualidade, e cuida da mente e do corpo aprendendo coisas novas. Adora viajar e conhecer novos lugares. A Helena não se limita. Passou a correr há pouco mais de 5 anos e, hoje, além de medalhista, é fundista e concluiu por dois anos seguidos a Corrida de São Silvestre, em São Paulo. Tenho a honra de tê-la como sogra e o prazer de agradecê-la pelo exemplo que é para mim e minhas filhas.

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